19 junho 2006


Estou sentada num banco de jardim...
Olho em volta...não te vejo...
Acho que seguiste o teu caminho...
E esse caminho passa ao lado do meu...

Estou sentada num banco de jardim...
À minha volta crianças brincam felizes...
Imagino como seria tudo mais fácil...
se fossemos apenas crianças a brincar...

Estou sentada num banco de jardim...
Olho para aquela flor...ela lembra-me o nosso amor...
Flor essa que acaba de ser pisada...
e fica ali morta...ela lembra-me o nosso amor...

Estou sentada num banco de jardim...
A vida passou por mim...e nem dei conta...
Sentada neste banco de jardim...
A vida passa...o amor morre...e eu sobrevivo...

Um comentário:

Anônimo disse...

Posso fazer melhor.

*points at the sky*
"Princess, this one is for you, too!"


Banco de jardim, porque páras?
Porque estás aí só, imutável,
Testemunha de um crime por cometer,
Vítima de um qualquer amor por existir?

Não me sento, não o posso.
Desistir, jamais. Perder-te fora,
Longe de meu tenro peito, nunca.
Por ti, só por ti.

Então olho-te, sinto-te, vivo-te.
Mostras-me meu passado, meu presente,
Fazes-me sonhar de meu futuro,
Fazes-me, talvez, adorar o impossível.

Não possível, tal como o temível tempo,
Aquele que não passa por ti,
Que parece não passar,
Fingir que passa, mas não faz...

Passo eu, passamos nós, passas tu,
E ele fica ali, sereno e impávido,
Como se de uma mitológica figura se tratasse,
Mas sendo não mais que madeira.

Passam ventos, passam tempos,
Passam sonhos, passam tronos,
Passam gentes, passam mentes,
E assim passou o tempo de o leres.